ERGONOMIA: Cinta lombar previne lesões?

Prezado leitor, neste texto, vamos tratar da ergonomia e da prevenção de lesões com o uso da cinta lombar. Veja a seguir mais informações sobre esse tema.

Segundo o NIOSH (Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos), a cinta lombar não é eficaz para prevenir lesões lombares, pois não há evidências científicas que a sustentem. Além disso, não há dados que mostrem que a cinta reduza o impacto biomecânico no tronco ao movimentar cargas e volumes. O uso da cinta também pode causar alguns problemas, como restrição do fluxo cardiovascular, calor, irritações na pele, perda de tônus muscular, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.

“O Instituto NIOSH acredita que a maneira mais eficaz de prevenir lesões nas costas é implementar um programa de ergonomia que se concentre em redesenhar o ambiente de trabalho e as tarefas de trabalho para reduzir os riscos de elevação.”

Abaixo, algumas informações relevantes sobre o assunto:

  • ERGONOMIA na NR-36
    A norma que regula o abate e o processamento de carnes e derivados apresenta uma tabela que relaciona a jornada de trabalho, o tempo de tolerância para a pausa e o tempo de pausa. No entanto, a recomendação mais comum é que os trabalhadores que atuam em locais refrigerados e movimentam cargas façam uma pausa de 20 minutos a cada 1h40 de trabalho.
  • ABNT NBR ISO 11228-3
    Esta ISO, que aborda a Movimentação de cargas leves em alta frequência de repetição (ou repetitividade), contém esta citação: “Para tarefas repetitivas, a condição de referência é representada pela presença, para cada hora de tarefa repetitiva, de intervalos de trabalho de pelo menos dez minutos consecutivos, ou, para períodos de trabalho que durem menos de 1h, em uma proporção de 5:1 entre o tempo de trabalho e tempo de recuperação”.
  • CLT
    A CLT estabelece a obrigatoriedade das pausas no trabalho em minas de subsolo, determinando que a cada três horas consecutivas de trabalho seja feita uma pausa de 15 minutos. Porém, a recomendação mais usual, que é um intervalo de 10 minutos a cada duas horas, pode ser justificada pela ferramenta TOR-TOM e pelos estudos sobre a taxa de ocupação e do professor Hudson Couto (ERGONOMIA 4.0). Em resumo, a tese defende que quanto maior o esforço, menor a taxa de ocupação de trabalho efetivo e maior o tempo de recuperação da fadiga (pausas).
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