10 motivos para começar a fazer Gestão de SST na sua empresa

A Gestão de SST está na vitrine. O advento do eSocial, a possibilidade de privatização do seguro acidentário e a  proposta de nova norma de gestão de riscos, o PGR, vem trazendo crescente discussão sobre a necessidade de iniciar práticas de Gestão de SST nas empresas.

Hoje, a área de SST é relegada na maioria das empresas. Por falta de conhecimento ou/e planejamento, muitos empregadores só se preocupam com SST quando são obrigados a cumprir algum requisito legal de saúde e segurança.

Este cenário deve mudar nos próximos anos. Estamos caminhando no sentido de responsabilizar as empresas pelos custos decorrentes da Gestão de SST negligente.

A necessidade de iniciar práticas de Gestão de SST irá se mostrar cada vez mais evidente.

O que é Gestão de SST?

Esse termo “Gestão” pode parecer abstrato.  Na verdade é.

Gestão é a parte prática da administração.  A administração é definida como “processo de planejar para organizar, dirigir e controlar recursos humanos, materiais, financeiros e informacionais visando à realização de objetivos” (MARTINS, 1999, p.24)

Logo, para fazer Gestão de SST, as empresas deveriam planejar para organizar, dirigir e controlar recursos para atingir os objetivos de SST.

O principal objetivo de SST é a prevenção de lesões e doenças relacionadas ao trabalho para os trabalhadores. Também é importante proporcionar bem-estar no ambiente de trabalho.

Para Peter Drucker, a gestão é composta por três tarefas que igual importância:

  • Refletir e definir qual o propósito e missão da empresa
  • Fazer do trabalho produtivo e o trabalhador realizado
  • Gerenciar os impactos e responsabilidades sociais

Fica muito difícil ter sucesso nas três tarefas de Drucker sem bons indicadores de SST. Portanto, fazer Gestão de SST é prática necessária para qualquer empresa que busca ser competitiva.

Modelo de Gestão de SST

Os princípios de gestão presentes em normas internacionais de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho são basicamente os mesmos aplicados em gestão de forma geral.

Existem várias normas de gestão de SST utilizadas ao redor do mundo. Todas elas trazem elementos principais em comum.

A nível organizacional, os seis elementos principais comuns na maior parte dos modelos de Gestão de SST são:

Políticas –   uma politica define a importância que a administração da empresa atribui a um determinado tema. Através das politicas de SST é possível construir uma cultura de segurança dentro das empresas.

As políticas que não são relevantes para a empresa dificilmente receberão comprometimento por para de seus colaboradores. A definição das políticas de SST é tarefa dos gestores, que devem internalizá-las, implementá-las e assegurar que todos os colaboradores efetivamente compreendam.

Organização – as políticas de SST devem ser colocadas em prática. Para tanto, é preciso organizar os recursos, definindo responsabilidades e dando direcionamentos para os colaboradores.  Do mesmo modo, os gestores devem garantir que os recursos necessários para a execução das tarefas estejam disponíveis. Afinal,  os objetivos de SST são alcançados por meio das pessoas.

Planejamento e Implementação – o planejamento é a principal ferramenta de gestão. Implementar sem planejar é um erro grave. O controle dos riscos fica mais fácil de ser efetivamente alcançado através de ações coordenadas.

Por isso, as tarefas de identificar perigos e riscos, analisá-los e avaliá-los devem ser adequadamente definidas , criando-se práticas e procedimentos aplicados à gestão do risco.

Monitoramento – é essencial monitorar a implementação de políticas de procedimentos de Gestão de SST. Somente assim poderemos assegurar a eficácia e avaliar a eficiência da implementação.

Para monitorar a performance da Gestão de SST, é imprescindível que as informações relevantes estejam disponíveis aos gestores para análise.

Auditoria – através de auditorias constantes é possível verificar a perfomance do sistema de gestão antes que algo mais grave aconteça. Os achados e apontamentos das auditorias devem ser registrados e disponibilizados aos gestores.

As informações levantadas nas auditorias ajudarão a corrigir as falhas nos diversos estágios dos sistemas de Gestão de SST.

Revisão – a revisão é o estágio final nos modelos de Gestão de SST. A avaliação periódica da eficácia e eficiência dos sistemas de gestão nas empresas é uma prática extremamente importante.

O feedback obtido através da revisão dos sistemas e perfomance permitirá que a gestão de SST seja continuamente aprimorada.

Por que fazer Gestão de SST?

Nenhum empregador deveria aceitar que pessoas adoeçam, se lesionem ou sofram em decorrência dos riscos no ambiente de trabalho. Este é o principal motivo para se preocupar com SST. 

O impacto dos acidentes e doenças relacionados com o trabalho gera altos custos para as empresas, família do acidentado e toda sociedade.

Além disso, a Gestão de SST está relacionada com produtividade e competitividade. Seguem 10 motivos para se fazer Gestão de SST:

  1. Manter credibilidade da empresa
  2. Evitar interdição ou interrupção nas operações 
  3. Evitar multas e ações judiciais
  4. Adequar-se aos requisitos legais
  5. Evitar custos mais altos com seguros de acidentes
  6. Aumentar produtividade
  7. Conformidade com sistema de gestão de qualidade
  8. Melhora autoestima organizacional
  9. Enriquecimento da cultura organizacional
  10. Diferenciação no mercado

Concluindo

As empresas precisam equilibrar os riscos que envolvem suas atividades com a busca pela eficiência e lucratividade.

Uma má gestão dos riscos ocupacionais pode afetar significativamente a sustentabilidade, lucratividade e imagem de empresas.

Por outro lado, uma boa gestão de SST prepara a empresa parar tirar proveito das oportunidades que a área de Saúde e Segurança do Trabalho pode gerar.

Sendo assim, empregadores e prestadores de serviço devem começar a se preocupar em fazer gestão se quiserem assegurar vida longa para o seu negócio.

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