Acidentes de trabalho: gastos com afastamento somam mais de R$ 85 bi no Brasil

Quanto você acha que  foi gasto em despesa previdenciária por auxílio doença por acidentes de trabalho no Brasil nos últimos anos? Já parou pra pensar nisso? Os números são altíssimos e você vai ficar espantado.

De 2012 a 2018, o Brasil gastou o equivalente a R$ 15,6 bilhões com despesas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Isto se levarmos em conta somente o auxílio doença. Se analisarmos, ainda, outros gastos previdenciários, o valor sobe e muito: no mesmo período calcula-se que foram gastos mais de R$ 85 bilhões.

Esse valor mais alto soma o que foi gasto com o pagamento de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio acidente.

Só para termos uma ideia, estimativas globais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que a economia perde 4% do seu Produto Interno Bruto, o PIB, devido a acidentes de trabalho.

Isto porque, além das perdas humanas, há a perda de produtividade do trabalho. Ou seja, acidentes de trabalho mexem na economia de qualquer país.

Confira os valores gastos com auxílio doença por acidente de trabalho no Brasil nos últimos anos:

Mais de 1 bilhão de dias perdidos

Quando falamos em economia remetemos à produtividade. Com mais acidentes de trabalho, menos trabalhadores e, por consequência, menos produção.

Dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho mostram que de 2000 a 2018 foram perdidos 1,1 bilhão de dias de trabalho. É muita coisa!

Em 2018, a média de dias perdidos por afastamento por trabalhador foi de 22,5 dias.

Mas nessa história toda existe uma boa notícia. Essa média vem diminuindo nos últimos 10 anos.

Enquanto em 2008 os trabalhadores ficavam afastado cerca de 86,9 dias, em 2009 esse número já caiu para 82,8 e em 2010 para 81,3 e assim, gradativamente, até chegar aos valores mais recentes apurados.

Confira a média de duração dos benefícios previdenciários:

Responsabilidade

Bom, você sabe quais as dificuldades dentro da sua empresa. Quem trabalha no “chão de fábrica” conhece a realidade e, por vezes, as causas destes acidentes de trabalho.

Mas precisamos estar alertas e prontos para diminuir estes números, visando evitar as consequências que eles trazem. Neste caso, sobretudo economicamente falando.

Cabe a nós a responsabilidade de, diariamente, cuidar da nossa saúde, porém, os empregadores também precisam ir de encontra à esta necessidade.

Agenda 2030

Falando em empregadores, desde setembro de 2015, o Brasil se comprometeu, junto de outros 192 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), em promover o desenvolvimento sustentável. É a chamada Agenda 2030.

A “Agenda” é documento assinado pelos países para que sejam tomadas medidas ousadas e transformadoras para promover o desenvolvimento sustentável nos próximos anos.

Mas o que isso tem a ver com Saúde e Segurança do Trabalho?

Dentro dos 17 objetivos idealizados pela Agenda 2030, há um que destaca a necessidade de “trabalho decente” para que, assim, haja crescimento econômico.

Ou seja, um resumo daquilo que tratamos até aqui.

Se houver trabalho decente em nossas empresas, haverá menos acidentes de trabalho e, como resultado, mais crescimento econômico, conforme aquilo que analisamos referente às afirmações da OIT sobre o prejuízo no PIB causado pelos acidentes.

Este é o Objetivo 8 da Agenda 2030. Dentro dele há a meta de “proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho seguros e protegidos para todos os trabalhadores”, o que de fato precisamos. Todo dia. Sempre.

Vamos nos unir para alcançar esta meta? Cada um de nós pode fazer o seu papel!

 

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